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10 Informações Práticas para a sua Viagem a Buenos Aires

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Quando voltei de Buenos Aires, em julho, escrevi uma série de posts contando sobre a capital argentina: onde comer, o que fazer, onde encontrar as melhores carnes.

E lá no primeiro post, sobre parrillas para conhecer na cidade, tinha feito uma breve introdução ao tema de hoje: informações práticas para a sua viagem a Buenos Aires. Resolvi escrever novamente sobre este assunto, com mais detalhes, pois muita gente tem buscado Buenos Aires como uma alternativa de viagem por causa da alta do dólar.

+ 4 parrillas para conhecer em Buenos Aires + 

Se você leu o primeiro post, leia este também. Enquanto aquele eram apenas tópicos introdutórios para o tema parrillas, aqui as informações serão o prato principal, com mais conteúdo e explicações detalhadas…

1. Buenos Aires não é uma cidade barata

Buenos Aires para chicas

Alguns preços de Buenos Aires


Sim, eu sei, ela já foi uma cidade muito barata para nós, brasileiros. Não é mais.
Mas a situação econômica da Argentina, a inflação e a escassez de produtos fizeram com que os preços de tudo aumentassem muito.

Um jantar para duas pessoas com vinho em um restaurante mediano, sai por volta de R$ 150. Um show de tango custa uns R$ 250 por pessoa. Um simples picolé em um kiosco pode custar R$ 12. Eu sei que mesmo assim, algumas coisas ainda são mais baratas que uma noitada em SP, mas a visão que a gente tinha de Buenos Aires como sendo um lugar super barato, para ir, gastar os tubos, esbanjar e quem sabe ir lá “apenas” para passar um final de semana, acabou.

Se nós estamos sentindo os efeitos da “crise econômica”, eles já estão vivendo isso há muito tempo.

E o que você pode tirar de prático nessa informação, para a sua viagem?
Não baseie o quanto levará de dinheiro ou o seu planejamento de gastos em posts e preços de um ano atrás, por exemplo. Sabe o que você tinha pensado em gastar? Pode colocar mais uma gordurinha aí, porque vai precisar…

2. Não confie somente no seu cartão de crédito.

Por dois simples motivos: em tempos de flutuação cambial, uma das piores estratégias de viagem é passar todas as compras no cartão de crédito. Vai lá saber qual vai ser a taxa no dia que fechar a sua fatura do cartão. Você pode se dar bem e fazer um ótimo negócio, como pode tomar um susto e gastar muito mais do que podia.
Dica: mesmo que você seja aventureiro, desses que gostam de tomar sustos, a volta de uma viagem, por menor que ela seja, sempre é uma época que você tem que apertar os cintos e lidar com todo aquele gasto que foi feito (menos se você for filho do Lehmann, aí tá tudo certo), então tente minimizar as “surpresas” pós viagem. Cartão de crédito costuma ser um motivo pelo qual as pessoas se arrependem de certos passeios.

O segundo motivo é muito mais prático: muitos lugares em Buenos Aires não aceitam cartão, inclusive restaurantes e pontos turísticos. É que pra eles é muito mais vantajoso ter o dinheiro na mão e como sabem que o turista está viajando com dinheiro, resolvem não aceitar.
Eu mesma fui em diversos restaurantes onde a única forma de pagamento era o dinheiro. Seja peso, dólar ou real. Falando nisso…

+ Onde comer boas empanadas na capital argentina + 

3. Prefira pagar na moeda local

Muitos estabelecimentos em Buenos Aires aceitam dólar ou real como forma de pagamento. Apesar de já ter ouvido alguns casos de pessoas que fizeram bons negócios, eu acho meio furada. Porque a cotação da moeda deles (como a nossa ultimamente) muda muito todos os dias. Então você tem que estar muito ligado em quanto o dólar está valendo naquele dia se quiser pagar em dólar.

Há de se pensar também que os estabelecimentos não são casas de câmbio, ou seja, eles não vivem disso, e por isso, querem ter alguma vantagem comercial sobre a transação. Não ache que todo restaurante é bonzinho e aceita dólar só para ajudar o turista. Besteira.

Outra coisa, e que pra mim é a mais importante, é a sua tranquilidade. Você tá lá, jantando com alguém especial e aí na hora de pagar tem que ficar fazendo conta, vendo se a cotação é aquela mesma, preocupando-se se o troco veio com notas falsas. Em Buenos Aires, assim como todo lugar do mundo, tem gente querendo passar a perna em você, e por mais esperto que você seja, quando se está de férias é fácil fácil cair em golpes, e aí tá lá você pagando 30% a mais no jantar do que ele realmente valia.

Tenha pesos com você!

4. Troque dinheiro lá. E no câmbio blue.

Você que sempre viaja com tudo certinho, trocando dinheiro no câmbio oficial, levando toda a moeda local já comprada daqui: Parabéns, tá fazendo tudo certo! Mas em Buenos Aires a lógica é outra.

Existem dois tipos de câmbio na Argentina: o oficial e o blue. No oficial de hoje, por exemplo, 1 real vale 2,48 pesos e 1 dólar vale 9,45 pesos. Já no blue: o real dá 4,27 pesos e o dólar, 14,90. Você pode consultar o valor do câmbio blue no site: http://www.dolarblue.net/

Desde que a circulação de dólares foi restringida no país, iniciou-se uma verdadeira corrida pelas notas do Obama. As pessoas fazem quase qualquer coisa pelo dólar.

Mas tome cuidado onde irá trocar. É muito comum pegar notas falsas ao trocar dinheiro com os arbolitos, que ficam nas ruas (principalmente na Calle Florida) oferecendo câmbio mais baixo.
Nas casas de câmbio oficiais, tipo a do aeroporto, o valor praticado será o oficial. Mas tem alguns lugares onde você pode fazer o câmbio blue sem problemas. Eu tive a recomendação de trocar com o Mario, na Galeria Porteña, e achei ótimo. Não tive problemas com as notas e tive uma taxa muito boa para a época que fui (quem quiser o contato dele, deixa um pedido nos comentários aqui que eu mando).

Em julho, quando eu fui, valia mais a pena trocar dólares do que reais, mas o dólar ainda não tinha alcançado os patamares astronômicos de hoje. Então faça as contas e veja qual a melhor opção para você.
Uma dica que vale ouro na hora de trocar dinheiro por lá é que as notas grandes valem mais do que a pequenas. Então separe as notas de 50 e 100 dólares e as de 100 reais, que a cotação costuma ser melhor.

5. Buenos Aires não é uma cidade perigosa.

Buenos Aires dicas

Ande tranquilo pelas ruas de Buenos Aires

Antes de ir viajar, pesquisei muito sobre a violência e os perigos para o viajante e a quantidade de relatos que achei de pessoas que foram furtadas, assaltadas ou enganadas foi grande.
Mesmo assim, não achei a cidade perigosa. Achei-a na verdade, bem mais segura que as grandes capitais brasileiras e certamente mais segura que SP (é óbvio que Buenos Aires não é Tóquio, onde você pode andar igual um abestalhado que não te acontece nada, tem que tomar um pouco de cuidado).

Certos cuidados devem ser tomados como em qualquer outra viagem shit happens all the time (e lembre-se que você está na América do Sul), como não sair contando dinheiro na rua, tomar cuidado com as câmeras grandes e celulares e evitar bairros perigosos, como La Boca. Mas fora isso, dá para andar tranquilo por lá, chegar tarde no hotel de transporte público e aproveitar a sua viagem sem maiores preocupações.

+ Descubra quais são os pontos turísticos que vale a pena conhecer em Buenos Aires + 

6. Você não vai comprar um monte.

Buenos Aires pontos turísticos

Vinhos: o que ainda vale a pena comprar em Buenos Aires


Buenos Aires pode ter sido uma cidade boa para compras um dia. Um dia. Mas hoje não é mais.

Além de achar a variedade de produtos pequena (tanto de roupas, cosméticos, comida, tudo), não achei o preço convidativo. Tanto que não trouxe quase nada de lá. Só alfajores (que não são baratos, mas mesmo assim, tem alguns que você só encontra lá) e vinhos, que é o único item que ainda vale a pena.

A Argentina é uma excelente produtora de vinhos e apesar de os vinhos de lá serem facilmente encontrados por aqui, lá dá pra achar algumas pérolas que não vem para o Brasil. E mesmo os que chegam aqui, lá costumam ter um preço melhor.

A minha dica é que você pesquise antes os preços de alguns vinhos que gosta aqui no Brasil e depois veja quanto sai lá. Se estiver mais barato, é só encher a mala.

Eu comprei os meus vinhos no Tonel Privado, que tem unidades por toda a cidade.

7. Os portenhos não são como as pessoas dizem.

Buenos Aires bus

Esse tiozinho, por exemplo, era super simpático


Tem certos povos que vivem da sua fama. Portenhos e franceses, por exemplo, são muito odiados no mundo e famosos pela antipatia e arrogância.

Mas não é bem assim.

Gente tosca tem em todo lugar do mundo. Aqui no meu prédio mesmo tem um monte. Mas o que vivi em Buenos Aires foi um pouco diferente do que esperava viver. A minha experiência com as pessoas de lá foi, em geral, muito boa. Portenhos sendo simpáticos, tentando falar português, educados, agradando o turista.

O perigo é sempre generalizar. E pra você que adora encher a boca pra rotular um povo, dizendo que francês é fedido, portenho é chato, português é burro ou que brasileiro é malandro, assiste esse vídeo e reveja seus preconceitos: https://www.youtube.com/watch?v=D9Ihs241zeg

8. Pegue transporte público.

Você anda de transporte público aqui? Então vai tirar de letra. Não anda? Então é uma excelente forma de economizar dinheiro e de aprender a andar.

Buenos Aires tem metrô e ônibus fáceis de andar. Basta você comprar um Subte (o bilhete único de lá), colocar no Google o seu destino de chegada e de partida e correr para pegar o ônibus.

Eu recomendo muito que você ande de transporte público em Buenos Aires por vários motivos: você vai economizar muito, pois vai pagar baratinho por um trajeto que te custaria bem mais (e aí pode gastar em outras coisas, tipo vinho); não fica na neura se o taxista tá te enganando, fazendo um caminho mais longo; e é bem fácil e o transporte funciona. O ônibus é tipo o daqui, cheio, demora, mas vai pra todo canto. Metrô… bem, metrô ajuda em qualquer lugar do mundo.

Outra coisa que funciona bem em Buenos Aires também é gastar a sola do sapato. Um trajeto curto, de uns 2 km, pra quê pegar táxi? Vai andando e ainda descobre uma lojinha bonita, um café bacana. As cidades sempre reservam surpresas pra quem anda a pé.

E pra que ficar gastando os tubos em táxis quando o dinheiro pode ser melhor gasto?

9. Faça reserva nos restaurantes. Ou chegue cedo.

Buenos Aires compras

Chegamos cedo no restaurante e comemos sozinhos


Os portenhos comem tarde. No jantar, os restaurantes costumam começar a encher lá pelas 21h, 22h. Então se você está pensando em ir comer mais ou menos neste horário, ligue e faça reserva, porque é bem comum ter fila de espera. E quando a gente tá viajando não tem tempo suficiente pra ficar parado em uma fila, não é mesmo?

Agora, se você quiser fugir das filas e não estiver a fim de fazer reserva, chegue cedo. Descubra o horário de abertura do restaurante e esteja lá perto da hora. Você vai comer sozinho, porque para os portenhos, 19h ainda não é hora de jantar!

10. Peça o Tax Free no aeroporto.

A restituição de impostos para compras de estrangeiros na Argentina funciona e é super fácil de fazer. Ela é válida apenas para produtos fabricados na Argentina, e tem um valor mínimo, que não é muito alto.
Para quem está comprando vinhos, é sempre uma boa.

É facinho de fazer: basta você pedir na loja que efetuou as compras o formulário para a restituição. Preencha corretamente e deixe uma via na loja e a outra guarde com você.
Na hora de ir embora, procure o balcão do Tax Free no aeroporto. Lá, eles vão conferir as informações e você poderá escolher se receberá o reembolso diretamente na fatura do cartão de crédito ou em dinheiro. Eu preferi fazer no cartão, porque se for em dinheiro, eles pagam em pesos, e aí não tenho o que fazer com a moeda de lá.
No mês seguinte, o reembolso caiu certinho no meu cartão… Vale a pena!

E aí, curtiram as dicas? Ajudou você a planejar sua próxima viagem? Se tem mais dicas que quer compartilhar, deixe aqui nos comentários, vou adorar saber a sua experiência em Buenos Aires.

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