Oi pessoal,
Magali finalmente está de volta! 2015 agora começou de verdade… Ano novo, vida nova, blog velho, mas com várias novidades para os próximos meses.
Estive em curtas e merecidas férias, mas agora voltei para ficar, com muitas novidades e com muita coisa para falar…
Dentre as minhas resoluções de Ano Novo, estão uma grande viagem para um novo continente e mais uma por esse Brasilzão de meu Deus, por isso, comecei o ano em contenção de gastos apertem os cintos para conseguir realizar estes sonhos. Por isso, neste primeiro trimestre, vocês verão muitos posts sobre lugares mais baratinhos ou dicas para ter um programão em casa mesmo. Nada melhor em um ano que recessão é uma das palavras mais comentadas. E este primeiro post do ano cabe perfeitamente neste tópico.
Ainda no ano passado, visitei um lugar que vocês já devem ter lido em todos os outros blogs de gastronomia de SP e visto trilhões de fotos no Instagram. Demorei pra postar, mas aqui está a minha opinião.
Estou falando da Comedoria Gonzales, lá no Mercado de Pinheiros.
Peraí? Mercado de Pinheiros?
Eu adoro um mercado, mas confesso que conheço poucos em SP (apenas o nosso querido Mercadão, o Kinjo Yamato, o do Ipiranga e agora o de Pinheiros – ah! o de Santo Amaro está na minha lista do ano!!!). Aí tanta gente começou a falar deste mercado, que eu resolvi ir.
Para começar, ele é super bem localizado e fácil de ir. Dá pra chegar de carro, de ônibus, de metrô e até de bike. No piso inferior, além dos vários boxes de mercado de bairro, ele tem uma parte ótima de frutas e verduras, boas para encher a geladeira neste começo do ano com produtos saudáveis e manter a promessa de perder peso que vai durar somente até o carnaval
No piso de cima, um lugar se destaca. Apenas uma balcão, com banquetas altas, mas com cara de bom, sabe?
Já conhecia o trabalho do Checho e sei que o cara manda benzaço, por isso, estava curiosa para saber o que ele estava fazendo de interessante dentro de um mercado.
Lá, no “box” dele, ele serve ceviche, assados, saltenhas, um sanduíche e uma sobremesa.
Infelizmente estava sozinha, então não tive a chance de provar tudo o que gostaria para a experiência completa aqui do blog. Dei uma boa olhada na lousa e escolhi: Ceviche de frutos do mar com marinada de suco de manga e Galeto em especiarias ao limão com batata doce com tomilho limão e um chopp Júpiter, porque ninguém é de ferro.
Você pede, senta no balcão e espera. No dia que fui, uma sexta feira quente pra chuchu, o balcão estava cheio, mas ainda com lugares para sentar. Quatro pessoas trabalhando, além do Checho no caixa. Funcionários, simpaticíssimos e até bateram papo comigo, já que eu estava sozinha.
Cinco minutos e lá estava o meu ceviche. Bonito, bem vistoso. Não tenho como avaliar se é assim mesmo que se faz na Bolívia, pois eu só conheço bem mesmo o ceviche peruano.
Mas posso falar do sabor, e esse sim, estava bom pacas.
Você escolhe se quer só de peixe, ou com frutos do mar, e o tipo de marinada. Pode ser de manga, de tomate, de açaí ou de leite de amêndoas.
O meu, de manga, veio com manga (obviamente), suco de limão, cebola roxa, tomate, pimenta dedo de moça, coentro, hortelã, aroeira e sagu de coco.
Fiquei observando enquanto o cozinheiro fazia o meu ceviche, que ele provou o leche de tigre várias vezes, enquanto temperava, até chegar no ponto ideal. Parece besteira e elementar falar isso (e foi dito no MasterChef à exaustão), mas parece que alguns cozinheiros simplesmente não provam a sua própria comida antes de servir. Só pode!
O ceviche estava muito bom, saboroso, acidez na medida certa, com peixe, camarão, mexilhão, lula e vôngole. Frutos do mar fresquinhos e no ponto. Amei demais o ceviche e com certeza entrou para a lista dos meus preferidos na cidade. Só não gostei muito do sagu, achei desnecessário. Mas eu não sou muito do sagu mesmo. Já sei, da próxima vez, é só pedir sem o sagu e a pimenta rosa e ser feliz. Coisa boa!
Aí depois, veio o meu galetinho. E isso pra mim, é coisa séria. O melhor da cidade, na minha opinião, é no Brazeiro, lugarzinho centenário aqui perto de casa, uma delícia. Acho que a maioria dos lugares ou trata o tal do galeto como um franguinho vagabundo, ou coloca mil coisas e vira galeto gourmet. Não, não! Galeto bom é coisa séria, e galeto bom é delicioso.
O do Checho estava de parabéns! Primeiro, o tamanho da porção. Sai rolando de lá, mas dava tranquilamente para dividir com mais alguém de apetite comedido como eu.
Segundo, o tempero, com especiarias ao limão: perfeito, apenas para realçar o sabor do bom galeto.
Terceiro: a textura. Se tem coisa fácil de errar, é o ponto de ave, que vem seca, na maioria das vezes. Essa estava molhadinha, suculenta, uma coisa de louco.
De acompanhamento, batata doce com tomilho limão. Li em muitos lugares várias pessoas reclamando que a batata ficava na estufa e chegava meio mocoronga no prato. A minha não veio assim, não. Certamente não foi feita na hora, mas estava beeem boa.
Comi muuuito bem, e fiquei com uma vontade louca de voltar naquelas bandas em breve para provar todos os outros ceviches, as costelinhas, as empanadas, a sobremesa (já que não teve espaço), enfim, todo o resto do cardápio.
O Checho mais uma vez, mostrou o valor que a comida latina merece. Sucesso enorme em 2015! Não vejo a hora de voltar!
O que mais gostei de lá: De comer o galeto com a mão mesmo, melecando tudo! Sem frescuras!
O que não gostei muito: Do sagu no ceviche. Mas eu não gosto mesmo de sagu, acho uma coisa molenga e sem graça.
Dica que vale ouro: Aos sábados, eles servem ostras! Toca pra lá!
Comedoria Gonzales (https://www.facebook.com/puestodecomida)
Rua Pedro Cristi, 89 Box 85 – Pinheiros – 3813-8719
De segunda à sábado, das 9h às 18h.
Gastei uns R$ 40, com ceviche, galeto, acompanhamento e um chopp. E dava para mais uma pessoa comer!
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