Eu não gosto de misturar trabalho e diversão na maioria das vezes. Quando vou em um restaurante com a intenção de escrever algo no blog, sou bem criteriosa, presto atenção em todos os detalhes, peço mais pratos do que eu pediria normalmente e tiro muitas fotos. Ou seja, um comportamento bem tosco para se ter quando está entre amigos.
E quando estou com amigos, com o intuito de me divertir, deixo todas essas preocupações e atividades de lado e me concentro nas pessoas, nas conversas. Por isso que dificilmente visito restaurantes e lugares para o blog acompanhada de amigos. É sempre só eu e o Thiago mesmo.
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Em uma dessas ocasiões de diversão, fui com um amigo querido que não via há algum tempo ao Fast Berlin, que faz comida de rua alemã ali em Pinheiros.
Queríamos algo barato, descomplicado e com boa localização. Bingo!
Normalmente não escreveria sobre noites como essa, por isso que este post não tem muitas fotos, mas a experiência lá foi tão peculiar (leia bizarra), que eu tive que compartilhar.
A noite estava quente e super agradável. Chegamos lá, a parte interna do restaurante estava cheia então ficamos com uma mesa na calçada mesmo.
O garçom vem, traz os cardápios e diz que é melhor fazermos todos os pedidos de uma vez só, porque eles fazem a cobrança a cada pedido feito. Quando questionei o porquê, ele me disse que na calçada muitos clientes dão o truque e saem sem pagar, logo pediu, pagou.
“Que treco desagradável! Eles que melhorem os controles, façam a equipe prestar mais atenção nas mesas e não me façam pensar em quantas cervejas quero tomar logo no começo da noite. Ou interromper minha conversa 10 vezes. Ou nem coloquem mesa na calçada…” pensei comigo.
Ou seja, você está em um bar que supostamente tem boas cervejas, mas tem que pedir tudo de uma vez ou ficar liberando seu cartão a cada meia hora. Eu não sei vocês, mas eu não costumo pensar assim logo que chego a um restaurante: “Hoje eu vou tomar só duas cervejas e comer um prato.” Depende da conversa, do tamanho das porções, de algumas variáveis… Tenho que dizer que isso já me desanimou um pouco.
(Volta para o carro, quando estávamos indo para o restaurante.) Thiago e eu conversávamos empolgadamente sobre a versão da casa para a coxinha, recheada de joelho de porco. Era a primeira coisa que a gente queria comer. E tínhamos lido em alguns lugares que ela era incrível.

Cardápio do Fast Berlin
Com o cenário desenhado, pedimos um chopp, um Crazy Eisbein, R$ 9, (a tal da coxinha) e um Bratwurst – duas salsichas assadas com chucrute e purê de batata, R$ 29 (os preços podem ter mudado, já faz um tempo que fui).
O chopp chegou logo, mas chegou quente. O garçom disse que não tinha dado tempo de gelar. Que pena! Trocamos por uma cerveja qualquer, já que as “especiais” tinham um preço um pouco salgado.
E preparem-se, porque a saga da coxinha irá começar agora mesmo… Chegou! Era grandona, tava bonita, parecia sequinha. Demos a primeira mordida e ela estava congelada por dentro.
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Uma pergunta: se você trabalhasse em um restaurante e um prato voltasse, por erro grosseiro da sua equipe, o que você faria?
– Opção A: trocaria o prato do cliente
– Opção B: esquentaria no microondas o prato e devolveria ele daquele mesmo jeito que veio, com uma micromordida
– Opção C: jogaria o prato na cara do cliente e mandava ele passear
O Fast Berlin escolheu a alternativa B. Esquentou a minha coxinha meio mordida no micro e trouxe ela toda desmilinguida pra mim.
Eu que já trabalhei em restaurante, sei que esse tipo de fuleragem não se faz. Reclamei. Trocaram por uma nova. Adivinhem? Gelada novamente!
O garçom disse que eu poderia ficar tranquila que a próxima viria perfeita. E a terceira veio… gelada também.
Desistimos da coxinha e nessa altura decidimos nos concentrar no papo e no amigo querido, pois percebemos que não seria a comida a estrela da noite.
Chegou o Bratwurst. Salsichas bem sem graça, nada demais, com chucrute e purê de batata apenas ok.
Não estava ruim, mas estava longe de ser bom…
O garçom, que percebeu a besteira que fizeram com a coxinha, nos trouxe uma panqueca, o Kartoffelpuffer como pedido de desculpas. Não deu certo, a panqueca era oleosa e deixou a gente mais insatisfeito do que grato.
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Eu nem consigo me lembrar o que o meu amigo comeu, mas no final, fechamos a noite com chave de ouro. Ele pediu uma água em temperatura ambiente, sem gelo, pois estava com dor de garganta.
O garçom trouxe uma água gelada e disse que quando a água chega, eles já colocam tudo na geladeira, então não tem água natural (fiquei confusa, o chopp não gela, mas a água, gela que é uma beleza…) Mas, nas palavras dele:
“Dá pra tomar, né?”
Essa, meus amigos, foi a minha experiência no Fast Berlin. Dá pra tomar?
Fast Berlin (https://www.facebook.com/fastberlin/)
Rua Mourato Coelho, 24 – Pinheiros – (11) 3064-4652 – Metrô mais próximo: Fradique Coutinho (140m)
Terça e quarta, das 12h à 1h; quinta e sexta, das 12h às 2h; sábado, das 13h às 2h e domingo, das 13h à 0h.
Gastamos algo em torno de R$ 45, mas saímos com fome, sem tomar o chopp e sem comer a coxinha (que não foi cobrada, obviamente).
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