Foi inaugurada no início de maio a Japan House, novo centro cultural na Paulista que tem o Japão como tema.
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A Japan House foi criada pelo governo japonês para difundir a cultura e história japonesa pelo mundo, mostrando diferentes aspectos da história e da vida do país nipônico, aliando tradição e futuro.
Além da casa de São Paulo, serão inauguradas mais duas Japan House pelo mundo: uma em Londres e a outra em Los Angeles.

Nós visitamos a Japan House em um dia de semana à noite e gostamos muito da experiência. A casa, que atualmente recebe a exposição “Bambu – Histórias de um Japão” é muito mais do que um museu. É, na verdade, um espaço de experiências com a cultura japonesa, que pode ser apreciada através de objetos, exposições, música, filmes, produtos, livros e até pela comida.
Além da conexão familiar que tenho com o Japão (a família do meu marido originária do país) e de ser um dos destinos mais apresentados aqui no blog (foi uma das viagens que eu mais gostei na vida), ver a primeira Japan House do mundo ser construída em São Paulo é motivo de orgulho. Uma grande homenagem a todos os descendentes de japoneses que vivem por aqui e um grande presente para todos os brasileiros.
A seguir, eu conto um pouco mais de como foi a minha experiência na Japan House e dou vários motivos para você ir conhecer o espaço.
1.Uma experiência cultural world-class gratuita
A Japan House, como eu disse acima, é mais que um museu. É na verdade um centro cultural completo, que tem os mesmos padrões de grandes centros culturais do mundo. Está em São Paulo, mas poderia estar em Nova York, Paris, Tóquio ou qualquer outra grande cidade cosmopolita que seja referência de arte e cultura.
E toda essa experiência é oferecida ao público gratuitamente. Não é preciso pagar nada e nem fazer reserva para entrar na Japan House, visitar o espaço, conhecer as suas exposições. É um grande espaço aberto ao público de São Paulo, e basta chegar para visitá-lo.
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2. Conheça mais sobre a história do Japão

O brasileiro adora o Japão. Gosta da comida, da disciplina, dos desenhos, das publicações e principalmente, dos bons exemplos vindo do povo japonês.
E a Japan House é um excelente lugar para aprender mais sobre a história do país e de um povo que faz parte da diversidade brasileira.
A exposição que está sendo exibida no momento, “Bambu – Histórias de um Japão” usa a planta como protagonista para explicar um dos principais mantras que o japonês leva na sua vida. Com certeza essa exposição não foi escolhida ao acaso, visto a importância que o bambu tem na cultura japonesa.
Os japoneses acreditam que devem ser como o bambu, pois a planta vai criando as suas raízes com paciência embaixo da terra até estar pronto para nascer. Quando isso acontece, toda aquela força que ele construiu em suas raízes se manifesta e ele cresce rápido e forte.
Em outras palavras, o bambu mostra como o japonês deve se preparar de forma silenciosa para estar pronto para a vida, de estar pronto antes de se mostrar. Como o bambu, você não precisa fazer nada para aparecer, o seu trabalho será apreciado sozinho porque você se preparou com paciência.
Além de ser um guia na vida do povo japonês, a exposição mostra os diferentes usos do bambu – desde artístico até para fabricação de itens cotidianos e de trabalho, como cestos, brinquedos e utensílios de cozinha.
Além disso, é uma forma de nós brasileiros aprendermos um pouco mais de uma arte que não é amplamente apreciada por aqui. Quando falamos em arte, pensamos geralmente em expoentes europeus.
Ler a história de Chikuunsai IV Tanabe, o artista responsável pela instalação Conexão 2017, no segundo piso da casa e entender como ela foi criada, me fez perceber que estava em frente à obra de um grande artista de reconhecimento mundial e que eu não conhecia. Falha já corrigida.
Novas exposições serão apresentadas de tempos em tempos e em cada uma delas, o Japão será mostrado por um novo ângulo, através de uma nova perspectiva. Certamente terei que ir em todas.
3. A experiência é multi-canal

Pra quem não tem muita paciência em ficar andando por museus e vendo peças artísticas que não dizem muita coisa para você, a Japan House é uma boa experiência cultural.
Primeiro porque muitas das obras ali apresentadas são de fácil entendimento e identificação, como objetos de uso diário dos japoneses.
Em seguida, há uma parte da casa na exposição atual que é chamada A Floresta de Bambu, onde os visitantes podem entender a história do bambu assistindo a um breve filme e ouvindo a música que conta a história de Kaguya Hime, “O Conto da Princesa Kaguya”.
Eu não darei spoiler sobre a história porque quero mesmo que vocês vivam a experiência na Japan House, mas posso dizer que o filme é exibido em uma tela no teto e os espectadores assistem deitados em um tatame, no chão. Sim, você tem que tirar os sapatos.

A história é contada com lindas imagens feitas pelo famoso Studios Ghibli e a música não tem tradução em português. E nem precisa. Sabe aquela história que uma imagem diz mais que mil palavras? Então…
4. Tem comida.

Um dos aspectos mais importantes da cultura japonesa para você é a comida?
Então fique tranquilo!
A Japan House conta com um café, o Imi Café, que traz doces e bebidas japonesas misturadas aos quitutes brasileiros. Dá para comer um bom choux cream tomando uma xícara de café ou ainda comer um pão de queijo tomando matchá. Eu ainda não experimentei o café de lá, mas a vitrine estava recheada de coisas muito bonitas.

E se você quiser mais que um café, dá para almoçar ou jantar no restaurante do segundo piso, o Junji Sakamoto.
Lá, o chef Jun Sakamoto apresenta pratos tradicionais japoneses a um preço bem mais amigável que em seu famoso restaurante. Não comi, mas dei uma olhada no cardápio e considero uma opção interessante para comer por lá.
5. Dá para comprar artigos japoneses.

Atualmente, a Japan House tem duas lojas, a Madoh, que vende peças de design, utensílios de cozinha, cerâmicas e algumas comidinhas e a Furoshiki, dedicada aos lindos tecidos que são usados como bolsas ou para embalar o bentô, a marmita japonesa (mas que são tão lindos que dá vontade de usá-los como acessório de moda).
As duas lojas são super bonitas e com ótimos itens para presentear. Na Furoshiki, além do atendimento, repare nas roupas usadas pelas atendentes. Um charme!

Em breve, a Japan House receberá duas novas lojas, a Beams e a Muji, queridinha de hipster e designers. Não vejo a hora!
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6. Lugar de contemplação

Tão difícil de encontrar em SP, a Japan House também é um ambiente de paz e contemplação.
É claro que em finais de semana, com tanta gente querendo visitar a casa, fica difícil contemplar, mas em dias mais calmos, você pode sentar na área externa ao lado do café ou perto das obras de arte no segundo piso e apenas apreciar o espaço.
Para os mais observadores, dá pra se encantar com as paredes de washi, o papel artesanal japonês. Uma boa oportunidade para levar a vida mais devagar, com calma, apreciando o tempo.
7. Livros

Quem gosta de ler vai ficar maravilhado com a estante de livros que tem no piso térreo da Japan House.
De temas diversos como cozinha, fotografia, história do Japão, design, entre outros e escritos em inglês e japonês, em sua maioria, todos os livros ali estão disponíveis para consulta.

Ou seja, é só escolher o seu livro, sentar no sofá e passar a tarde descobrindo a literatura japonesa. Um luxo!
8. Há diversas atividades

Além das exposições, café, restaurante e tudo mais que eu já falei acima, a Japan House ainda promove diversas atividades como cursos, oficinas e palestras, sempre relacionados ao tema da exposição corrente.
Para os próximos dias, há palestra e aula prática de música tradicional japonesa, oficina de usos artísticos para o bambu e o processo de criação dos Studios Ghibli.
Essas atividades são gratuitas, com retirada de senha uma hora antes.
9. Fica no coração de São Paulo
A Japan House não poderia estar em lugar melhor. Fica no comecinho da Avenida Paulista, ao lado do shopping Paulista e com acesso fácil ao metrô e ônibus.
A região do Paraíso, onde fica a Japan House, é casa de muitos japoneses que se instalaram em SP, ou seja, a atração tem acesso fácil para muitos japoneses e para pessoas que venham de qualquer ponto da cidade.
Além disso, a Avenida Paulista, que há algum tempo teve uma debandada de muitas empresas para a regão da Faria Lima, está se consolidando como pólo cultural da cidade. Ali tem FIESP, MASP, Itaú Cultural, Casa das Rosas e em breve, ainda vai ter o novo Sesc e o Instituto Moreira Salles.
Que lindo ver a avenida assim!
10. Omotenashi
Omotenashi é um conceito muito amplo, difícil de traduzir, mas que de forma geral e em tradução bem livre, demonstra a hospitalidade do japonês.
Sabe aquela coisa de dar as boas vindas quando o cliente chega, receber e entregar cartão de visitas com as duas mãos e tratar de maneira delicada? Tudo isso faz parte do omotenashi.
Pra quem pensa que o japonês é um povo frio, essa impressão vai embora quando você é tratado e atendido com a atenção nipônica.
Eu senti e aprendi isso quando estive no Japão, mas senti isso também na Japan House. A cortesia, os sorrisos contidos, a educação e o cuidado foram apresentados por todos os funcionários com que tive contato, desde o segurança à moça da recepção.
Seja bem-vinda à São Paulo, Japan House. Arigatou por estar aqui!
Japan House (http://www.japanhouse.jp/saopaulo/)
Avenida Paulista, 52, São Paulo – Metrô mais próximo: Brigadeiro (450 m)
Terça a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 10h às 18h.
Entrada gratuita.
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